domingo, 22 de maio de 2016

LESÕES CELULARES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS



Embora nós vivamos em um ambiente sujeito a amplas variações nas suas condições, com extremos de temperatura, umidade do ar, pressão de O2, o ambiente interno em que as células estão, sofre pequenas alterações. As células do nosso organismo devem ser mantidas em condições constantes no que diz respeito à temperatura, irrigação sanguínea, oxigenação e suprimento de energia (homeostase).

Pequenos desvios nestas condições podem ser tolerados, dependendo do tipo da célula atingida, por períodos variáveis de tempo, sem prejuízo da sua função e sem alterações estruturais.

Quando a capacidade adaptativa da célula é excedida pode ocorrer lesão celular, podendo ser reversível ou irreversível:

- reversível: Ocorre quando a célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva, recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa;
- irreversível: Quando a célula torna-se incapaz de recuperar-se depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular.


  • Lesões Celulares Reversíveis:
Podem levar à inchação da célula (edema celular) ou ao acúmulo de gordura (esteatose).

- Edema intracelular: Ocorre quando a célula é incapaz de manter o seu equilíbrio iônico, ocorrendo entrada e acúmulo de sódio e água na célula. O núcleo mantém-se na sua posição normal. Ocorre principalmente nas células tubulares renais e nas células miocárdicas. Macroscopicamente o órgão acha-se com peso e volume aumentados, pálido e túrgido.


- Esteatose: Acúmulos de triglicerídios dentro de células parenquimatosas. A metamorfose gordurosa é frequentemente vista no fígado, uma vez que este é o principal órgão envolvido no metabolismo de gorduras, podendo também ocorrer no coração, músculos e rins. As causas da esteatose incluem as toxinas, subnutrição proteica, obesidade e anoxia.

  •  Lesões celulares irreversíveis:
Levam à morte da célula por um de dois possíveis mecanismos: necrose ou apoptose.
- necrose: Alterações que ocorrem após a morte celular em um organismo vivo. É sempre patológica e habitualmente provoca inflamação no local afetado;
- apoptose (morte celular programada): Ocorre em várias situações fisiológicas como o colapso endometrial durante a menstruação e também ocorre em células tumorais.





sábado, 21 de maio de 2016

RESPOSTAS CELULARES AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS NOCIVOS – ADAPTAÇÕES CELULARES


A célula por estar sob a influência da programação genética do seu metabolismo, diferenciação e especialização; da limitação física das células vizinhas e da disponibilidade de substratos metabólicos, possui uma variação muito limitada de sua função e estrutura. No entanto, ela é capaz de lidar com as exigências fisiológicas normais mantendo um padrão estável chamado de homeostasia 

Estresses fisiológicos e estímulos nocivos podem desencadear adaptações celulares funcionais e morfológicas. As adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis, a estresses fisiológicos mais excessivos e a alguns estímulos patológicos, durante os quais estados constantes novos, porém alterados, são alcançados, permitindo que a célula sobreviva e continue a funcionar. 
A resposta adaptativa pode consistir em:
- hipertrofia: um aumento no tamanho das células;
- hiperplasia: um aumento no número de células;
- atrofia: diminuição do tamanho e da atividade das células;
- metaplasia: mudança do fenótipo das células.
Quando o estresse é eliminado, a célula pode retornar a seu estado original, sem ter sofrido qualquer consequência danosa.
Vídeo-aulas Patologia EscolaCVI https://www.youtube.com/watchv=QgUMTHq66t0&list=PL711S5tS_WyEIkEZUa4_zihzCiwlkBzT9
Fonte: KUMAR, V. et. al. Patologia Robbins & Cotran: Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
                
SANTOS, T. D. Adaptação celular. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAXKMAI/adaptacao-celular . Acesso em: 20 mai. 2016

sexta-feira, 20 de maio de 2016

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA


A patologia é o estudo (logos) da doença (pathos).

Mais especificamente, a patologia está voltada ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos que fundamentam doença.

Tradicionalmente, o estudo da patologia é dividido em patologia geral e patologia sistêmica.


Os quatro aspectos de doença que formam o cerne da patologia são:
- sua causa (etiologia);
- os mecanismos do seu desenvolvimento (patogenia);
- as alterações bioquímicas e estruturais induzidas nas células e órgãos do corpo (alterações moleculares e morfológicas);
- e, as consequências funcionais dessas alterações (manifestações clínicas).


Fonte: KUMAR, V. et. al. Patologia Robbins & Cotran: Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.